Em muitas ocasiões estou pensando que tudo vai dar certo, que tudo pode dar certo e que devo ser otimista acima de tudo. Às vezes isso faz de min um homem "que não quer nada com a vida", mas nem sempre isso é verdade. Eu sou desleixado, descuidado e tão pouco me importo com estudos sim, mas dizer que eu não quero nada com a vida já vai contra meu otimismo. Eu tenho planos. Eu não alcanço metas. Para eu conseguir me apegar a alguma coisa é bem difícil e muitas vezes eu me apego mas não dou continuidade.
Esse sou eu, muitas vezes incompreendido e quase sempre taxado de "bon vivant".
Nessas horas eu vou a um canto que nimguém me alcança, uma barreira impedi sons, ações, sentimentos e muitas coisas vindas a mim.
Me imagino um ser totalmente diferente em um corpo totalmente diferente que me disperta sentidos e diversas sensações diferentes das minhas. Em um canto específico que me proporciona percepções interessantes.
Um cavalheiro em uma armadura e em uma floresta, entrando num templo ,aparentemente abandonado por um tempo, para se abrigar de uma fina chuva que cai em seu pesado fardo... Lá dentro o ralo cheiro de móveis que ficou empreguinado na poeira o faz sentir aquecido por dentro e rapidamente imagina a sala vazia com móveis e pessoas arrumadas. E é tão real que o brilho na cerâmica quase faz refletir sua imagem. Volta a si, e percebe os raios de sol que voltam a iluminar o saguão em meio as nuvens e as folhagens da floresta densa... Empurrando a porta pesada de madeira maciça percebe uma sala com alguns espelhos onde parecia ter aulas de alguma arte. E em seus pensamentos profundos se perde e quase se esquece de olhar aos espelhos para se ver. Algo que pensou de imediato ao ver os espelhos... Chegando lá percebe o rosto sujo e o quanto não fazia isso. Na gota de suor que escorre em seu rosto descem os resíduos de uma vida esquecida e amargurada. Quase não percebida. Percebe um rosto sofrido e desageitado apesar de um cavalheiro, onde a espada e a armadura se sobresaem a sua pele e ao seu caráter. O espelho rachado e perdido naquela selva era uma fuga para seu íntimo viver!
"Pretendia escrever bem mais que isso. Talvez isso possa valer a pena."
5 comentários:
Eu acho que, dessa vez, te entendi perfeitamente. Nesse lugar onde você vai, sozinho, sozinho também me sinto. Talvez não estejamos sós, mas, fazendo companhia uma ao outro.
A vida nos dá possibilidades mil. É impossível que exista "A" chance das nossas vidas. Elas são várias. Claro que precisamos fazer algo para não deixá-las passar.
Ao agarrarmo-nos a elas, acabamos nos deparando com um mundo novo de sensações e percepções que não tínhamos ("Estou acordado e todos dormem"). Perceber isso nos faz bem. E nos faz melhores.
Viajar pelo meu mundo me faz deixar as coisas claras, aquelas que me aflingem a alme..
Entrar em meu lugah secreto, meu mundo, flutuar por ele e olhar td de cima...observar por um bom tempo, ateh mesmo anos e anos...
e ao final de tudo entender o movimento das engrenagens..
Perceber que não são somente as pessoas que n me escutam ou compreendem, até mesmo eu não me entendo...
"E as piores loucuras são as mais sensatas alegrias. O que fazemos hoje deixamos de herança para aqueles que um dia sonharam em ser como nós, loucos, porém felizes!"
;/
e como valeu. É muito legal, isso!
Agora que eu percebi algo que eu gostaria de ter escrito:
"Só-Mente"
Muito bom...
Gostei muito!
Todo mundo se sente um pouco assim. E se esconde e foge. Alguns se isolam material, fisicamente. Mas você parece sempre estar em dois mundos ao mesmo tempo...
Eu acho que você ainda não descobriu algo que verdadeiramente ama. Quando descobrir, vai se dedicar a isso, vai viver disso, vai estudar isso, não importa o que seja.
E, que importa? Só o que é feito com amor vale realmente à pena.
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